Conhecendo um pouco mais de Zoroastro

É o mesmo que Zaratustra. Viveu ali pelo território onde hoje é o Irã, o Afeganistão. 99 anos, admirável longevidade para aquele tempo e lugar. Viveu todo o Séc. VI aC. Imperava o politeísmo. Temos uma imagem algo distorcida desses cultos. E eram mesmo meio ao gosto de cada um. Mas não de todo mal. Os deuses eram definidos a partir da observação de tudo o que cercavam nossos ancestrais. Em especial fenômenos ou figuras da natureza. Cada deus um deus natural. Zoroastro teve uma experiência, uma impressão mística, sensorial numa festa a um desses deuses. Intuiu que essa miscelânea não estaria bem e que deus para ser Deus haveria de ser único. A esse Deus único denominou Ormuz, ou Ahura-Mazda, de onde derivou e fez surgir uma nova religião, monoteísta: o Masdaísmo. Tal Deus não teria sido criado, pelo contrário, teria criado tudo o que há de bom no mundo. Era o Grande Arquiteto do Universo. Agramaniú (Arihman) seria o antideus, que maculou a boa criação, fazendo surgir a dor, a peste, a infelicidade, a morte. Antítese, ou pela dualidade de tudo no mundo, estabeleceu-se uma luta eterna da Luz-Fogo x trevas. Para acelerar o fim dessa luta, as pessoas teriam de seguir padrões éticos calcados no exercício da Caridade, Justiça, Verdade. O Livro da Lei básico, ou Texto Sagrado chama-se Zend-Avesta. 
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A Pérsia adotou e floresceu no Século seguinte, alcançando a posição de potência mundial. Em todos os cantos do grande império surgiram "Templos do Fogo", onde se praticavam os ritos masdeístas. No alto das torres os insepultos eram devorados pelas aves, para não poluir a terra, pois os corpos humanos eram considerados impuros. O próprio Zoroastro se submeteu a esse rito. O que restou de suas ideias, um pequeno resumo, mas não se limita a isso: a Imortalidade da Alma; aos Bons o Céu, aos maus o inferno; no final dos tempos ocorreria a ressurreição ou reencarnação; como prêmio o paraíso. Tudo isso influenciou decisivamente o Judaísmo, o Cristianismo e o Islamismo.